PARIS - Habitué de Paris, onde costuma passar temporadas, o escritor Luis Fernando Verissimo está na capital francesa aproveitando os dias de primavera. A coluna quis saber algumas de suas preferências.
Um bistrô?
O Chez Georges, perto da Place des Victoires. Pelo arenque.
Um restaurante três estrelas?
Não sei se tem três, mas merecia seis: o Laurent, na Avenue Gabriel, na parte ajardinada do Champs-Elysées. Não há melhor programa em Paris do que almoçar no seu terraço, desde que haja sol e a temperatura permita. A pedida é salada de lagosta, um peixe branco e um Sancerre sincero.
Um almoço?
No Laurent ou no Bar des Théâtres (44, Rue Jean Goujon), que tem um tartar imbatível.
Um jantar?
No L’Astrance, Rue Beethoven. O difícil é conseguir lugar.
Um museu?
O de Arte Moderna, no Palais de Tokyo. No momento está com uma exposição do Robert Crumb fantástica (em cartaz até 19 de agosto).
Uma livraria?
Vou muito na Galignani, Rue de Rivoli, que tem uma ótima seção de livros em inglês.
Um passeio?
Fazer como o Walter Benjamin, que gostava de andar pelas galerias.
Um local?
Um ponto no Quai de la Tournelle onde você tem os fundos da Notre-Dame a sua esquerda e a Île Saint-Louis a sua direita.
Um vinho?
Qualquer Bordeaux de Saint-Estèphe, de preferência baratinho.
Um filme?
O último que vi foi "O artista". Achei simpático.
Um artista?
Vale morto e apenas meio francês? O velho Picasso.
Uma lembrança?
A primeira vez em Paris. A primeira caminhada no Champs-Elysées. A sensação de estar numa ideia diferente de cidade e de civilização.
Um desejo?
Voltar a Paris com a minha neta.
Teto falso no Grand Palais
A cada ano, desde 2007, o Ministério da Cultura francês oferece carta branca a um artista para ocupar a imensa nave do Grand Palais. Nas primeiras quatro edições da chamada exposição "Monumenta", a experiência foi confiada ao pintor alemão Anselm Kiefer, ao escultor norte-americano Richard Serra, ao francês Christian Boltanski e ao britânico Anish Kapoor. Neste ano, a tarefa coube ao francês Daniel Buren, de 74 anos. O espaço de 13.500 metros quadrados e 45 metros de altura no Grand Palais foi habitado por um enorme falso teto multicolorido. A luz natural proveniente do exterior atravessa os discos de vidro, desenhando no solo círculos laranjas, azuis, verde e amarelos. A obra provoca polêmica e divide opiniões. A exposição pode ser vista até o próximo dia 21.
Esperando o ônibus
Paris acaba de inaugurar seu primeiro "ponto de ônibus do futuro". Trata-se de uma estação-protótipo, instalada sobre uma base de madeira, com bancos de conceito design, iluminação especial e informações digitais disponíveis em tela tátil. O ponto conta ainda com um miniespaço de alimentação, para lanches rápidos e café; bicicletas elétricas públicas e uma pequena biblioteca. O projeto, concebido pelo designer Marc Aurel, é o primeiro do Sistema Europeu de Ônibus do Futuro (ESBF, na sigla em inglês). Para os curiosos do urbanismo que desejarem conhecer a novidade, o ponto estará em período de testes no Boulevard Diderot, perto da Gare de Lyon, até o início de 2013.
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