Desbravando uma outra Paris
Ficar um mês inteirinho em Paris me faz sentir quase uma local. Vou ao DIA, mercadinho vizinho de casa, e compro frutas fresca para o café da manhã. E baguetes, madeleines e brioches na boulangerie também logo ali. E faço pic nic nos fins de semana de sol, como todos os meus vizinhos de predio. Rosé geladinho na bolsa térmica da La Grande Mer, queijos, pães, biscoitinhos da Hema (loja genial holandesa, que só existe uma em paris, no Les Halles) e cada vez um parque diferente: Butte Chaumont, Belleville, Canal Saint Martin...
Na hora de comer, tirando o Le Comptoir du Relais, ficamos aqui pelo Marais, ou Pigalle, Belleville, Tolbiac, Bastille..
Jonathan Nossiter, amigo e colunista do Ela Gourmet, me sugeriu o Le Baratin, em Belleville. Espetacular! Só franceses ao redor, menu escrito no quadro negro, uma seleção de vinhos unica numa casa tocado por um casal. Ele no salão, ela na cozinha. Imperdivel.
Paul Bert, na rua homônima, na Bastilla, está no livro dos 200 endereços preferidos do Alain Ducasse, que falo dele na minha coluna Mix, proximo Ela Gourmet. É um antigo açougue que há duzentos anos virou bistrô. Décor lindo, ambiente único, frequencia adorável e um suflê de chocolate daqueles que choram quando a gente mete a colher...
Claude Colliot, no Marais, está no Michelin e fica na rua seguinte a nossa. Colliot trabalhou com o Pierre Gagnaire. É um craque. Faz comida de marché, menu degustação por volta dos 70 euros, que inclui uma sobremesa chamada Blanc, três camadas de sabores brancos. Inesquecivel. Ah, usa legumes em sobremesas. A musse de valrhona vem com purê de beterraba.
Bouillon Chartier, em Pigalle.O prato mais caro custa 12 euros. É da velhissima guarda, época em que servia ali sopas regeneradores, primordio dos restaurantes. Ambiente lindíssimo, classe média parisiense em peso, experiencia que todos que visitam Paris deviam desfrutar.
Aux Follies, em Belleville, um bar animadíssimo, apinhado de gente, onde Piaf e Maurice Chevallier se apresentavam.
Le Gaigne, no Marais, peguei a indicação no New York Times. Muito bom também.
Rue Butte aux Cailles, em Tolbiac: um bistrô do lado do outro. Aniamdissimo, divertidíssimo, barato... Adorei.
Marché Les enfants Rouges, o mercado mais antigo de Paris. Centro biô, fica no Marais. delicia almoçar ali em meio a boxes de produtos frescos.
Marché do Boulevard Raspail, feira orgânica badaladíssima. Paris em peso baixa lá. Voltei cheia de queijos, patês, legumes anciennes (mania da vez)...
Le Cheval de Fer, Philosophes, La belle Hortence, trio de casas do mesmo dono, na Rue Vielle du Temple, Marais. Melhor tarte tatin de maçã e de tomate (demais). Hotence é uma livraria, casa de vinho, galeria e otimo ponto para uma boa saideira.
No st Regis, na Ile st Louis, sem indicação algumas, mas foi um bela parada depois de uma longa caminhada...
No mais, caminhar, caminhar, explorar os dias lindos (e noites idem), temperatura perfeita, vinho na beira do Seine, água da casa, bons vinhos e bons preços e nada de sustos em restaurantes e pelas lojas .
Logo mais, janto no Toyo, do ex chef do Kenzo. Baladinho da hora.
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